quinta-feira, 18 de junho de 2015

HEFESTO


 
 
 
 
 
 
Hefesto
 
 
 
 
HEFESTO
Deus grego do fogo, depois também da forja e dos artífices, e finalmente das artes e da própria perícia manual. Sua origem é provavelmente a Ásia Menor, sendo Lemnos seu principal centro de culto. A partir do VI séc. a.C. passou a ser venerado também em Atenas, onde foi erigido um templo em sua homenagem, o Theseum, que servia de centro do seu principal festival, a Hephaestia. Além destes, poucos indícios temos de culto a Hefesto na Grécia.
Origem
Hefesto é descrito como filho de Zeus e Hera ou como filho unicamente de Hera, que o teria gerado sem intercurso com o sexo masculino (Teogonia, Hesíodo).
A causa da sua imperfeição física (o deus era coxo) também possui duas versões: A primeira diz que Hera, furiosa pela imperfeição do filho, expulsou-o do Olimpo, lançando-o ao mar, onde foi socorrido e criado pela Nereida Tétis. Na segunda, Homero (Ilíada) conta que quando Zeus, irritado com sua esposa Hera por haver lançado uma tempestade contra Heracles que estava ao mar após tomar Tróia, prendeu-a para fora do Olimpo, este partiu em defesa de sua mãe, sendo lançado por Zeus para fora dos limites de seu reino. Hefestos caiu por três dias, aterrisando em Lemnos quase sem vida, onde foi ajudado pela deusa Tétis e por Eurynome, a mãe das Graças. As duas protegeram-no, escondendo-o em uma caverna da ira de sua mãe, que havia ficado profundamente envergonhada ao ver sua manqueira. Hefesto trabalhou por nove anos na caverna, aperfeiçoando sua arte, para retornar ao seu lugar de direito no Olimpo.
"Uma vez antes disso, Quando eu estava lutando para salvar você, ele me pegou pelos pés e me lançou para além dos limites celestiais; O dia inteiro eu fui levado, e ao pôr do sol eu caí em Lemnos, e pouca vida restava em mim."

Ilíada – Homero
 
Retorno
O Retorno de HefestoCerta vez, Hera viu uma das jóias criadas por Hefesto e admirou-se da mestria empregada e quis saber quem havia feito tais criações. Hera descobriu que eram obras de seu filho e o mandou chamar de volta ao Olimpo, convite que foi recusado pelo deus. Conta-se então que Hera pediu que Dionísio o convencesse a voltar, o que só foi possível após o deus do vinho embriagá-lo. Hefesto retornou ao Olimpo montado em uma mula, precedido por Dionísio que vinha a pé. No Olimpo ele criou obras magníficas, e sua habilidade o fez aceito por todos os deuses. Seu retorno ao Olimpo era tema comum entre artistas e poetas. De Hera, recebeu a mão da bela Afrodite como reparação pelos anos de exílio.
 
Essa união estava longe de ser estável, pois apesar de muito bela, Afrodite apresentava um caráter vulgar. Afrodite mantinha um caso com o deus da guerra Ares, do que Hefesto tomou conhecimento. Armou então uma armadilha para ambos, e, durante sua ausência, os dois deitaram-se na sua cama e ficaram presos em uma rede, expostos à vergonha em frente dos outros deuses.
Hefesto, Ares e Afrodite
Existe também o relato de que logo que voltou ao Olimpo fabricou tronos para todas as divindades do Olimpo, sendo que para Hera fabricou um trono que a prendeu assim que sentou-se. Para libertá-la Dionísio foi chamado e embebedou Hefesto, que assim libertou-a. Esse me parece uma recorrência do mito de retorno de Hefesto. Essa vingança não corresponde ao tratamento dispensado à Hera na Ilíada.
 
Hefesto e Afrodite Mitos
Em sua forja, que ficava sob o monte Etna, ou segundo outros na ilha de Lemno, trabalhava habilmente diversas criações, ajudado pelos ciclopes ou por dois auxiliares por ele criados (dourados, em forma de mulheres, inteligentes e com capacidade de fala). E quando estava executando mais uma de suas obras, as faíscas e a fumaça resultantes podiam ser vistas por todos através da saída do vulcão.
 
Prometeu Acorrentado , Ésquilo: Ao limite mais remoto da Terra, viemos, às terras Cíticas, uma solidão não explorada. E agora, Hefesto, tua é a obrigação de observar o mandato a ti imposto pelo Pai - para prender esse infame nas altas pedras escarpadas em inflexíveis grilhões de amarras inquebráveis. Ver mito de Prometeu.
Partiu a cabeça de Zeus, quando este estava com uma grande dor de cabeça, libertando Atena. Essa versão do nascimento de Atena contradiz o mito que Hera gerou Hefesto sozinha por inveja do fato de Zeus haver gerado Atenas sozinho. Ver mito do nascimento de Atenas.
Matou o gigante Mimas com misséis de metal quente. Gigantomaquia. Marido de Aglaé (Teogonia) e Afrodite (Odisséia). Na Ilíada a referência a Charis (singular de Charites, as Graças das quais Aglaé faz parte), parece reforçar a citação à Aglaé, apesar de não especificar seu nome.
Uma vez quando Atena procurou Hefesto para que este fabricasse uma nova armadura para ele, ele tentou forçar a deusa a amá-lo, mas esta resistiu. Porém ele derramou uma gota de sêmem na perna de Atenas, que caiu no chão quando a deusa fugia, dando nascimento à Erichthonius. Outra versão diz que a gota de sêmem caiu sobre Gaia que estava passando, dando ela origem a Erichtonius.
 
Obras
Principais Obras:
Trono de Zeus.
Palácio dos deuses no Olimpo.
Pandora.
Carruagem alada de Hélio.
Arcos e flechas de Apolo e Artemis.
Foicinha de Deméter.
Peitoral de Heracles.
Armadura de Aquiles.
Cetro de Agamemnon.
Espada de Peleus (*)
Touro de patas de bronze de Pelias.
Colar de Harmonia (presente de Cadmo).
 

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